quinta-feira, outubro 15, 2015

Armínio Nega os Cinco Pontos do Arminianismo



Por Jailson Serafim

(1) Armínio nega o dogma do livre arbítrio

Em sua “Declaração de Sentimentos”(III), ele declara:

“Esta é a minha opinião a respeito do livre arbítrio do homem: Em sua condição primitiva, tendo vindo das mãos do Criador, o homem foi dotado com uma porção de conhecimento, santidade e poder, para capacitá-lo a entender, estimar, considerar, desejar e fazer o bem, de acordo com o que lhe foi dado como missão. No entanto, ele não podia realizar nenhuma desses atos, exceto com o auxílio da graça divina. MAS EM SEU ESTADO DE DESCUIDO E PECADO, O HOMEM NÃO É CAPAZ DE PENSAR, NEM QUERER, OU FAZER, POR SI MESMO, O QUE É REALMENTE BOM; pois é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições e desejos, e em todos seus poderes, por Deus, em Cristo, por intermédio do Santo Espírito, para que possa ser corretamente qualificado para entender, estimar, considerar, desejar e fazer aquilo que realmente seja bom. QUANDO ELE É FEITO PARTICIPANTE DESSA REGENERAÇÃO OU RENOVAÇÃO, CONSIDERO QUE, ESTANDO LIVRE DO PECADO, ELE É CAPAZ DE PENSAR, DE QUERER E FAZER O QUE É BOM, mas ainda não sem a ajuda continuada da graça divina” (As Obras de Armínio, Volume 1, p.231).

Em sua obra “A Certeza da Teologia Sagrada”, ele diz:

“Pois foi pela fé que eles exerciam nessa palavra que Adão e Eva se tornaram a Igreja de Deus; uma vez que, ANTES DISSO, ELES ERAM TRAIDORES, DESERTORES, E FAZIAM PARTE DO REINO DE SATANÁS – aquele grande desertor e apóstata”(Ibidem, pp.130,131)

Em seu “11º Debate Público”, ele diz:

“No estado da inocência primitiva, o homem possuía uma mente dotada de um claro entendimento da luz divina e da verdade sobre Deus e suas obras e seus desejos, tanto quanto fosse necessário para a salvação do homem e a glória de Deus; ele possuía um coração imbuído de ‘verdadeira justiça e santidade’ e com um amor verdadeiro e salvífico pelo bem; e poderes abundantemente qualificados ou fornecidos de maneira perfeita para cumprir a lei que Deus havia imposto a ele. Isso admite facilmente várias provas e aspectos; a partir da descrição da imagem de Deus, da qual fora dito que o homem foi criado(Gn 1:26,27); a partir da lei divinamente imposta a ela(Gn 2:17); e, por último, a partir da restauração análoga da mesma imagem em Cristo Jesus(Ef 4:24; Cl 3:10).

Mas o homem não foi assim confirmado nesse estado de inocência, a ponto de se tornar incapaz de ser movido pela representação que lhe foi apresentada de algum bem extraordinário e ilegal(quer fosse de um tipo inferior e relativo a esta vida animal, quer de um tipo superior e relacionado com a vida espiritual), a olhar para a representação e deseja-la, e por sua própria, livre e espontânea iniciativa, e através de um desejo absurdo de tal bem, a declinar da obediência que lhe havia sido prescrita. Ou melhor, tendo se afastado da luz de sua própria mente e de seu maior bem, que é Deus, ou, pelo menos, depois de não ter se voltado para o seu maior bem da forma que deveria, e além de ter se voltado de coração para um bem inferior, ele transgrediu o mandamento que lhe havia sido dado para a vida toda. Por esse ato abominável, ele precipitou a si mesmo naquela condição nobre e elevada que estava para um estado de profunda infelicidade, que é estar sob o domínio do pecado. Uma vez que 'a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis’(Rm 6:16) e ‘Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo’, o homem se torna um escravo constante(2 Pd 2:19)


Nesse estado, O LIVRO ARBÍTRIO DO HOMEM PARA O QUE É BOM NÃO SOMENTE ESTÁ FERIDO, ALEIJADO, ENFERMO E ENFRAQUECIDO; ELE ESTÁ APRISIONADO, DESTRUÍDO E PERDIDO... A mente do homem, em seu estado, é obscura, destituída do conhecimento salvífico de Deus e, de acordo com o apóstolo Paulo, incapaz de alcançar as coisas que pertencem ao Espírito de Deus... SEGUE-SE QUE A NOSSA VONTADE NÃO É LIVRE DEPOIS DA QUEDA; OU SEJA, ELE NÃO É LIVRE PARA O BEM, a menos que seja libertado pelo Filho, por meio de seu Espírito” 
((Ibidem, pp.472,473,475).

E em “Epístola a Hipólito A. Collibus”, declara:

“A respeito da graça e do livre arbítrio, isto é o que ensino, a respeito das Escrituras e do consenso ortodoxo: O LIVRE ARBÍTRIO É INCAPAZ DE INICIAR OU APERFEIÇOAR QUALQUER BEM, ESPIRITUAL, SEM A GRAÇA. Para que eu não possa ser considerado, como Pelágio, como usando de mentiras com respeito à palavra ‘graça’, quero dizer, com isto, aquilo que é a graça de Cristo e que diz respeito à regeneração... Confesso que a mente de um homem carnal e natural é obscura e sombria, QUE OS SEUS AFETOS SÃO CORRUPTOS E DESORDENADOS, QUE A SUA VONTADE É OBSTINADA E DESOBEDIENTE, E QUE O PRÓPRIO HOMEM ESTÁ MORTO EM PECADOS” (As Obras de Armínio, Volume 2, p.406).

(2) Armínio nega o dogma da eleição condicional

Em seu “14º Debate Público”, Armínio diz:

“O objetivo da predestinação é o louvor da graça gloriosa de Deus, pois, UMA VEZ QUE A GRAÇA, OU O AMOR GRATUITO DE DEUS, EM CRISTO, É A CAUSA DA PREDESTINAÇÃO, é justo que, para a mesma graça, seja concedida toda a glória desse ato(Ef 1:6; Rm 11:36)” (As Obras de Armínio, Volume 1, p.508).

E em seu comentário sobre a 8ª Tese de Francis Junius, Armínio diz:

“Pois Deus ama, em Cristo, àqueles a quem decidiu tornar participantes da vida eterna, MAS ESSE AMOR É A CAUSA DA PREDESTINAÇÃO” (As Obras de Armínio, Volume 3, p.264).

E em sua “10ª Proposição”, Armínio diz:

“É VERDADE QUE É NEGADA QUALQUER REFERÊNCIA A NÓS MESMOS, COMO CAUSA DE NOSSA PRÓPRIA ELEIÇÃO” (Ibidem, p.128).

(3) Armínio nega o dogma da expiação geral ou ilimitada

Em seu “11º Debate Público”(‘Sobre o Pontífice Romano e os Principais Títulos que lhe são atribuídos’), ele diz:

“Outros o rebaixam com títulos completamente opostos, como o adúltero e cafetão da Igreja, O FALSO PROFETA, aquele que destrói e subverte a Igreja, o Inimigo de Deus, o Anticristo, o servo ímpio e perverso, que não desempenha os deveres de um bispo nem é digno de ter tal nome. UNINDO-NOS AOS QUE CONCEDEM AO PONTÍFICE ROMANO OS EPÍTETOS CITADOS POR ÚLTIMO, afirmamos que ele é indigno de títulos honoráveis que os precedem, e que as últimas designações desprezíveis que lhe são atribuídas por seus merecimentos, e isso passamos agora a provar, em algumas teses... Demonstra-se, pelos argumentos mais evidentes, que o nome do Anticristo e do Adversário de Deus pertencem a ele. Pois o apóstolo atribui a ele o segundo desses epítetos, quando o chama de ‘o homem do pecado, O FILHO DA PERDIÇÃO, o qual se propõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus’(2 Ts 2:3-8). Era ele que deveria se levantar das ruínas do Império Romano e ocupar a sua dignidade. AFIRMAMOS QUE ESSAS EXPRESSÕES DEVEM E PODEM SER ENTENDIDAS UNICAMENTE A RESPEITO DO PONTÍFICE ROMANO. MAS O NOME 'ANTICRISTO' PERTENCE PROEMINENTEMENTE A ELE...” (As Obras de Armínio, Volume 1, pp.542,548).

Evidentemente, ao denominar cada um dos papas de Roma como ‘o Falso Profeta”, “o Anticristo”, “o filho da perdição”, Armínio está simplesmente dizendo que esses papas realmente foram e são predestinados a perdição eterna, visto que estas designações, que são retiradas das Escrituras, mostram que tanto o Falso Profeta como o Anticristo são descritos como de antemão designados , destinados ou predestinados para a perdição eterna(2 Ts 2:3-8; Ap 19:20; 20:10). E se Armínio afirma que cada um dos papas de Roma são “o filho da perdição”, “o Anticristo”, evidentemente nega que cada um deles possa ser objeto da morte vicária de nosso Senhor, visto que segundo o próprio João, o Anticristo, por negar o Pai e o Filho, não tem a vida eterna! (1 Jo 2:22-23)

(4) Armínio nega o dogma da graça resistível

Em seu “16º Debate Público”,(‘Sobre a Vocação dos Homens Para a Salvação’), ele diz:

“Nós definimos a vocação, um ato misericordioso de Deus, em Cristo, pelo qual, pela sua Palavra e Espírito, Ele convoca homens pecadores, sujeitos à condenação e colocados sob o domínio do pecado, TIRANDO-OS DA CONDIÇÃO DA VIDA ANIMAL E DAS CONTAMINAÇÔES DESTE MUNDO(2 Tm 1:9; Mt 11:28; 1 Pd 2:9,10; 2 Pd 2:20; Rm 10:13-15; 1 Pd 3:19; Gn 6:3) PARA A 'COMUNHÃO' DE SEU FILHO E DO SEU RIENO E SEUS BENEFÍCIOS, para que, unidos a Ele, como sua Cabeça, possam obter dEle a vida, a sensação, o movimento e uma plenitude de bênçãos espirituais, para a própria gloria de Deus e a sua própria salvação” (As Obras de Armínio, Volume 1, p.510)

“A VOCAÇÃO INTERNA SE DÁ PELA OPERAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO, ILUMINANDO E ESCLARECENDO A MENTE, E AFETANDO O CORAÇÃO, para que seja dada séria atenção àquelas coisas que são faladas, e para que seja dada fé ou crédito à palavra. A EFICÁCIA CONSISTE NA SIMULTANEIDADE DA VOCAÇÃO INTERNA E DA EXTERNA(At 16:14; 2 Co 3:3; 1 Pd1:22)” (Ibidem, p.512)....

(5) Arminio nega o dogma da ‘perda da salvação’

Em sua “Declaração de Sentimentos V”, ele declara:

“O meu sentimento a respeito da perseverança dos santos é que as pessoas que foram enxertadas em Cristo, pela fé verdadeira, e assim tem se tornado participantes de seu precioso Espírito vivificador, DISPÕEM DE PODERES SUFICIENTES OU FORÇAS PARA LUTAR CONTRA SATANÁS, CONTRA O PECADO, CONTRA O MUNDO E A SUA PRÓPRIA CARNE, E PARA OBTER A VITÓRIA SOBRE ESSES INIMIGOS, mas não sem a ajuda do da graça do mesmo Espírito Santo. Jesus Cristo, também pelo seu Espírito Santo, as auxilia em todas as suas tentações que enfrentam, e lhes proporciona o pronto socorro de sua mão; TAMBÉM ENTENDO QUE CRISTO AS GUARDA NÃO AS DEIXANDO CAIR, desde que tenham se preparado para a batalha, implorando a sua ajuda, e não querendo vencer apenas por suas próprias forças. DE MODO QUE NÃO É POSSÍVEL PARA ELES, POR QUALQUER ASTÚCIA OU PODER SEREM SEDUZIDOS OU ARRANCADOS DAS MÃOS DE CRISTO” (As Obras de Armínio, Volume 1, p.232)

Ele (consciente da existência de textos bíblicos difíceis para os que afirmam ou negam a perseverança dos santos), ainda afirma:

“Embora eu aqui, de forma aberta e ingênua afirme QUE NUNCA ENSINEI QUE UM VERDADEIRO CRENTE PODE TANTO CAIR TOTALMENTE DISTANCIANDO-SE DA FÉ E PERECER...” (Ibidem, p.233).

E em outra obra sua - ‘Um Exame do Tratado de William Perkis – 2ª Parte’, declara:

“Tampouco está declarado, por Cristo, em Mateus 24:24, que os eleitos não podem se afastar de Cristo, MAS ELES NÃO PODEM SER ENGANADOS, E COM ISSO SE QUER DIZER QUE, EMBORA O PODER DO ENGANDO SEJA GRANDE, AINDA ASSIM NÃO É GRANDE A PONTO DE SEDUZIR OS ELEITOS, O QUE SERVE DE CONSOLAÇÃO PARA OS ELEITOS, CONTRA O PODER E OS ARTIFÍCIOS DE FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS” (As Obras de Armínio, Volume 3, p.459).

Nesse sentido, Armínio, em sua obra “O Sacerdócio de Cristo”, afirma que cada um daqueles a quem Cristo remiu, estará para sempre com Ele no seu reino:

“PORTANTO, CRISTO TRARÁ TODA A SUA IGREJA, A QUEM REMIU PARA SI MESMO,L PELO SEU SANGUE, PARA QUE ELES POSSAM RECEBER, DAS MÃOS DE SEU PAI DE BENIGNIDADE INFINITA, A HERANÇA CELESTIAL OBTIDA ATRAVÉS DE SUA MORTE, PROMETIDA NA SUA PALAVRA E SELADA COM O ESPÍRITO SANTO, E PARA QUE POSSAM DESFRUTÁ-LA PARA SEMPRE. Ele trará os seus sacerdotes, a quem, espargidos com o seu sangue, Ele mesmo santificou a Deus Pai, para que possam, com Deus, ter a posse do Reino para todo o sempre; POIS NELES, PELA VIRTUDE DO SEU PRECIOSO ESPÍRITO, ELE SUBJUGOU E VENCEU SATANÁS E SEUS AUXILIARES, O MUNDO, O PECADO E A SUA PRÓPRIA CARNE, e também a morte, que é ‘o último inimigo que há de ser aniquilado’” (As Obras de Arminio, Volume 1, p.50).

Ainda assim, Armínio, em seu “11º Debate Público”(‘Sobre o Livre Arbítrio do Homem e Seus Poderes’), explica que essa perseverança não provém das próprias forças do cristão, mas é oriundo unicamente de Deus:

“A segunda coisa a ser observada é que o início de qualquer coisa, assim como o seu progresso, continuidade e confirmação, e ainda além, A PERSEVERANÇA NO BEM NÃO VEM DE NÓS MESMOS, MAS DE DEUS, POR MEIO DE SEU MARAVILHOSO ESPÍRITO SANTO, uma vez que ‘aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo’(Fl 1:6) e porque ‘mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação’(1 Pd 1:5). ‘O Deus de toda a graça... vos aperfeiçoe, confirme e fortaleça’(1 Pd 5:10). OCORRE QUE PESSOAS QUE SÃO NASCIDAS DE NOVO, SE CAEM EM PECADO, NÃO CONSEGUEM SE ARREPENDER NEM SE LEVANTAR DO PECADO, A MENOS QUE SEJAM LEVANTADAS POR MEIO DO PODER DO SEU ESPÍRITO, E, ASSIM, SÃO NOVAMENTE APRESENTADAS AO ARREPENDIMENTO. ISSO FOI PROVADO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL PELOS EXEMPLOS DE DAVI E PEDRO” (Ibidem, pp.476,477).

Chorem, arminianos, mas chorem mesmo, ou então anatematizem vosso 'pai'. Isso não quer dizer que Arminio se tornou calvinista, mas que mesmo tendo posições contrárias a fé reformada, foi imparcial, dando declarações favoráveis a teologia reformada, coisas nunca vistas nos seus supostos discípulos, começando pelos remonstrantes, que alteraram o 5º ponto de Arminio, introduzindo o dogma da perda da salvação.

Fonte: Perfil do Autor no Facebook

quarta-feira, agosto 19, 2015

Quem São os 'Todos os Homens' de 1 Timóteo 2:4?



Me fizeram uma pergunta no Facebook, sobre a passagem de 1 Tm 2:4, sobre quem Paulo se refere quando diz "todos os homens". Eis minha resposta a seguir:

R: Para uma melhor compreensão, precisamos ler desde o versículo 1:

"Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade." (1 Timóteo 2:1-4)

Paulo está falando sobre a necessidade de orar por "todos os homens", e é claro que quando ele diz isso, ele não quer dizer literalmente cada pessoa que há na terra, pois você morreria e não conseguiria orar por mais de 7 bilhões de pessoas que há na terra. Mas então, quem são estes "todos os homens?". O texto diz: "pelos reis, e por todos os que estão em eminência", ou seja, por todas as classes de pessoas, até mesmo aqueles que são autoridades governamentais.

Posto isto, Paulo diz que Deus "quer que todos os homens se salvos", todos os homens de todas as classes, e não todos os homens, sem exceção, pois sabemos pelas Escrituras que o Senhor escolheu um número de pessoas para a salvação, e que nem todos serão salvos.

O versículo 6 também nos mostra algo interessante: "O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.". Veja que o texto fala daqueles que Cristo resgatou, ou seja, não pode se referir a cada indivíduo que há na terra.

O amado irmão Spurgeon refuta esta interpretação, mesmo sendo ele calvinista, todavia, neste ponto ele errou em dizer que o "todos" se refere a todos, sem exceção.

Pense numa coisa: se o "todos os homens" do versículo 4, se refere a todos, sem exceção, o "todos os homens" do versículo 1 também deveria se referir a todos, sem exceção. Mas pense comigo: você conseguiria orar por todas as pessoas que existem no mundo hoje? Temos aproximadamente 7 bilhões de pessoas no mundo, se você gastasse 30 segundos em oração, por cada pessoa, você levaria 6.752 anos. Se gastasse 1 segundo, você levaria 225 anos para orar por todos, isso sem falar que você deveria orar sem interrupção, ou seja, isto é impossível!

Então, olhando o contexto, creio que o "todos os homens" se refere a todos os homens sem distinção de classes, e não sem exceção.

Abraços, Deus te abençoe.

domingo, agosto 16, 2015

Romanos 13.1-7 Impede Que Cristãos Protestem Contra o Governo?




Romanos 13.1-7 é um texto bíblico usado e abusado para justificar o silêncio e a omissão por parte dos cristãos, mesmo diante de governos autoritários ou totalitários.
Mas deve-se levar em conta os seguintes pontos:
1. Na Epístola aos Romanos o poder pertence exclusivamente a Deus. As “autoridades do governo” nunca são chamadas de “poder” ou “poderes”, como se convencionou chamar na linguagem política contemporânea. Na Epístola, o único que tem poder é Deus, que vem a nós através do evangelho, que é Jesus Cristo, o único Senhor, e Senhor de todos.
2. A “autoridade” em Romanos 13.1-7 pode e deve ser interpretada como a estrutura de governo (no caso romano, o senado, que detinha as prerrogativas legislativa, judicial e eleitoral, e o imperador, o supremo comandante militar – pelo menos tecnicamente dois poderes co-iguais de governo, no século I d.C.). O apóstolo, em momento algum, personaliza a autoridade, nomeando-a: César, Augusto, etc.
3. Romanos 13.1-7 trata da autoridade legítima ideal e a define: esta é serva (a palavra usada é “diakonos”, que pode ser traduzida como ministro, administrador ou empregado) de Deus para o bem dos cidadãos; recompensa o bem que é feito pelos que estão sob o seu governo; e detém o poder da espada, sendo agente de punição contra quem pratica o mal – e por cumprir tais prerrogativas ordenadas por Deus, os cristãos se sujeitam “por causa da consciência” a tal autoridade e pagam impostos.
4. Quando as autoridades deixam de servir aos cidadãos, louvar o bem e punir o mal, DEIXAM DE SER AUTORIDADE LEGÍTIMA.
5. Logo, não são mais ordenadas por Deus. Se tornam a besta que surge do mar (Ap 13.1-10), tentando ser o idolátrico “Estado total”, que exige culto e submissão. E devem ser resistidas de toda forma legítima pelos cristãos, inclusive por meio da desobediência (como os apóstolos e cristãos mártires fizeram a partir do último quarto do século I d.C.).
Portanto, Romanos 13.1-7 não deve ser usado para justificar passividade ou omissão diante daqueles que traíram seu chamado e perderam a legitimidade de fazer parte da autoridade e ordem que vem de Deus.
Em países em que estes pontos foram compreendidos nunca houve ditaduras: Suíça, Holanda, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.

Fonte: Página do Autor no Facebook.

terça-feira, agosto 04, 2015

O Salvo Que Peca no Último Instante, e Não Se Conserta e Morre, Perde a Salvação?





Uma pessoa, por in-box no Facebook, pediu explicação sobre isso, pois ela tinha uma visão incorreta sobre este assunto, e ela até achou que eu estava pregando heresias ontem ao tratar deste tema. Abaixo, a conversa por in-box, pode ser que ajude alguns. Chamarei a pessoa de Maria, para preservar sua identidade.

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Roberto: Maria, esse ensino de que uma pessoa perde a salvação sempre que peca, não é um ensino das Escrituras. Mas preste bem atenção no que eu estou dizendo, para não interpretar errado minhas palavras.

Todo o cristão, quando é salvo, ele é regenerado, é nascido de novo (João 3:3; Tito 3:5; Ezequiel 36:25-27), sendo assim, todo o cristão, tendo o coração regenerado, terá desejo por santidade, pois Deus nos elegeu desde antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis (Efésios 1:4). Portanto, uma pessoa salva com certeza estará sendo moldada ao caráter de Cristo, dia após dia, pois "aquele que em vós começou a boa obra, aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1:6).

Aqueles quem Jesus salva, Ele promete guardar esta pessoa até o fim (João 10:27-28), Ele assegura, dá garantia de que suas ovelhas jamais perecerão, e que ninguém as arrebatará de suas mãos.

Há uma doutrina nas Escrituras que se chama doutrina da justificação. Ser justificado por Deus é ser declarado justo por meio da fé em Cristo, e esta justiça, é a justiça de Cristo sendo imputada ao pecador. É o que Paulo fala na carta aos Romanos: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;" (Romanos 5:1)

Ser justificado, é o contrário de ser condenado. Uma vez que um pecador foi justificado por Deus, através da fé em Jesus Cristo, este pecador foi absolvido da condenação do pecado. Se você ler todo o capítulo de Romanos 8, verá que Paulo está dizendo sobre isso....

Deus assegurou, em várias passagens bíblicas, que seus filhos jamais se perderão. Pois uma vez que Deus adotou um pecador como seu filho, através de Jesus, o pecador não deixará mais de ser seu filho. Veja textos que provam que um salvo não perde a salvação....

"E eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus; e lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos, depois deles. E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim." (Jeremias 32:38-40)

"Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis." (Ezequiel 36:25-27)

"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1:6)

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão." (João 10:27,28)

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 8:38,39)

"porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." (2 Timóteo 1:12)

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória" (Judas 1:24)

Até ai provei com textos que, Deus promete guardar seus filhos até o fim! Mesmo que seus filhos pecarem (que vão pecar pois são pecadores), eles não deixarão de ser filhos. Isto não significa que estes filhos viverão uma vida atolada no pecado, mas que, mesmo sendo filhos, eles ainda possuem uma natureza pecaminosa, e que, infelizmente, caem ainda em muitas tentações e pecados, PORÉM, o nascido de Deus sempre vai reconhecer seus pecados e voltar-se a Deus em arrependimento... Lembra de Davi? Adulterou e matou, mas ainda sim era chamado segundo o coração de Deus. E por que? Porque ele era filho de Deus, apesar dos erros, mas Davi não continuou praticando estes pecados, ele se arrependeu dos pecados, confessou os pecados a Deus e prosseguiu. Nós vemos isso em Salmos 32 e Salmos 51.

Como a salvação não é adquirida e conquistada por esforços, mas somente pela graça de Deus, como diz Paulo: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. NÃO VEM DE OBRAS, para que ninguém se glorie;" (Efésios 2:8,9), então não é o que o salvo faz ou deixa de fazer que garantirá sua salvação, mas sim o que Cristo fez por ele na cruz.

E pelo fato de os salvos ainda pecarem, infelizmente, acontece que, durante o dia, passam muitos pensamentos pecaminosos pela nossa cabeça. Você pode dizer que não, mas a Bíblia diz que qualquer coisa que fizermos, se não for para glorificar a Deus, é pecado! (1 Co 10:31). Sendo assim, quantos pecados nós cometemos durante o dia, começando por pensamentos?

Agora eu pergunto: se a salvação depende de nós não pecarmos, quem é que se salvará? Ninguém!

Pois foi Cristo quem pagou por TODOS os pecados de TODOS os eleitos de Deus. Mas não quero dizer com isso que o salvo deva viver do jeito que quer por causa disso, pois ele NÃO VAI viver do jeito que quer, pois diz a Bíblia que: "o nascido de Deus não vive habitualmente no pecado" (1 Jo 3:9), e por que? Porque o Senhor regenerou seu coração, ele agora é uma nova criatura (2 Co 5:17), não há mais prazer no pecado.

Os salvos pedem perdão ao Senhor, não para ADQUIRIR salvação, mas para ter paz com o Senhor, pois o pecado quebra esta paz com o Senhor, mas quebrar a paz não significa perder a salvação.

Então, o confessar o pecado diante de Deus é para manter um relacionamento profundo com o Senhor, é manter paz com o nosso Criador, e sermos moldados ao caráter de Cristo, dia após dia.

Nós nos santificamos porque SOMOS salvos, e não para SERMOS salvos, pois nenhum esforço humano pode lhe garantir a salvação.

É por isso que Paulo diz isso: "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei." (Romanos 3:28)

Pois nossos esforços não podem nos salvar, somente Cristo salva, pois Ele é o caminho, e a verdade, e a vida (João 14:6). Porém, quando o pecador recebe o Espírito Santo ao crer em Jesus, este maravilhoso Espírito Santo é o santificador do crente, é Ele quem santifica o crente, quem capacita o crente a viver em santidade, a viver uma vida abundante em comunhão com o Senhor....

Agora pretendo responder a pergunta da moça, baseado em tudo isso....

Sendo assim, tendo as Escrituras prometido que, aqueles a quem o Senhor regenerou, salvou, lavou, justificou e santificou, o próprio Senhor guardará seus filhos até o fim. Todavia, o salvo não está livre de pecados. Infelizmente ainda estamos num corpo que possui natureza pecaminosa e, por causa disso, ainda temos muitos pensamentos impuros na nossa mente, e muitas práticas que não condizem com as Escrituras, mas estamos batalhando em Cristo para nos arrependermos de cada pecado, abandonando-os.

Portanto, mesmo que o verdadeiro cristão vier a cometer um pecado (que é inevitável durante um dia todo), e ele vier a falecer, e não der tempo de confessar o pecado, ele não perdeu a salvação, pois confissão do pecado não é para ganhar a salvação, mas sim para ter paz com Deus. Mas isto não significa que ele se perdeu só porque no último minuto ele não confessou pecado, pois a salvação dele foi garantida por Cristo na cruz, e não por ele mesmo.

Entendeu até ai, tem alguma dúvida?

Maria: Posso fazer uma pergunta ? Como sei que sou um eleito ?

Roberto: As evidências de um eleito, estão espalhadas por textos nas Escrituras. Uma carta foi escrita especificamente para saber a evidência de um eleito, esta carta é 1 João.

Outra passagem, para fazer uma comparação, é a passagem das bem-aventuranças, em Mateus 5. Há ali, ensinos de Cristo para mostrar quem são os bem-aventurados, ou seja, os que foram alcançados pela graça de Deus.

Outro texto é Gálatas 5:22, que fala sobre o fruto do Espírito, as evidências de uma pessoa que nasceu de Deus.

Sobre suas questões acima, eu penso que um cristão verdadeiro pode sim ter fases e momentos de fraquezas e desânimos, ora, até mesmo homens de Deus na Bíblia tiveram estas fraquezas e desânimos. Porém, o nascido de Deus não permanecerá assim por muito tempo, pois como ele é selado pelo Espírito Santo, ele sempre será convencido da situação dele, e ele confessará seu pecado e se voltará a Deus.

O nascido de Deus, quer sempre agradar a Deus, viver em santidade. Essa é uma marca dos filhos de Deus.

Maria: Agora com relação aquela primeira pergunta como explicar ? Com relação ao que você falou que se morrermos sem dá tempo de confessar nossos pecados tipo de pensamentos por exemplo, isso procede mesmo assim? Por exemplo Jesus nos falou que se em pensamento eu desejar uma mulher já cometi adultério com ela, certo ? Dai eu pergunto como fica essa situação diante de Deus se a bíblia fala que os adúlteros não herdarão o reino do céu ? E agora como fica a situação desse eleito que morreu antes de confessar esse pecado mesmo em pensamento ? Nesse caso baseado no que você falou acho que Deus daria tipo uma chance, um tempo de se arrepender e confessar esses tais pensamentos ou não seria assim ?

Roberto: É verdade, Cristo disse que o pecado começa no coração (Mt 5:28). Porém, quando a Bíblia fala que adúlteros não herdarão o reino de Deus, está falando de pessoas que não foram salvas, e que vive uma vida em adultério. É diferente o ato do adultério do pensamento de adultério. Entenda bem, não estou justificando pecados, só estou falando da diferença entre eles. Um cristão verdadeiro não está livre da cobiça, infelizmente. Ele precisa lutar contra isso porque é pecado e desagrada a Deus. Porém, ele não está livre de ter pensamentos pecaminosos. Então, mesmo que, durante o dia ele tenha estes pensamentos, e não confesse seus pecados, ele não volta a ser condenado, porque como eu disse, Cristo pagou na cruz por todos os pecados passados, presentes e futuros dos eleitos. Então, mesmo que um salvo cometa estes pecados por pensamentos, e não dê tempo de ele se arrepender e confessar o pecado, ele continua salvo, pois a salvação não é conquistada pelo salvo, mas por Cristo. Entendeu? Isto estamos falando de pessoas que não vivem habitualmente no pecado, mas que, infelizmente, ainda pecam, por causa de sua natureza pecaminosa. Isto não é uma brecha para a pessoa sair pecando, pois se a pessoa pensar assim, que pode sair pecando, isto vai mostrar que, na verdade, ela nunca nasceu de novo, pois ela não tem prazer no pecado. Entendeu?

Maria: Agora sim. Entendi perfeitamente

Fonte: Perfil do Autor no Facebook.

Cristianismo e UFC Combinam?




Por Thiago Oliveira​

As lutas do UFC ganharam muitos admiradores ao redor do mundo. No Brasil não é diferente. Muitos veneram esse evento esportivo e o colocam na lista dos seus preferidos, torcendo pelos lutadores tais como torcem por times de futebol. Este é o principal evento de uma modalidade chamada MMA, sigla em inglês para “artes marciais mistas”, já que os componentes misturam elementos diversificados de mais de uma arte marcial.

O UFC é uma fábrica de fazer dinheiro. Uma marca mesmo. Lucra pela imensa popularidade que arregimentou. Popularidade esta que também alcançou o segmento evangélico. Há na modalidade os “atletas de Cristo”, o Victor Belford, um dos maiores nomes do MMA mundial representa a categoria dos evangélicos que estão nesta modalidade. Existem até igrejas que tem projetos e promovem lutas de MMA. Todavia, existem muitas críticas sobre a validade desse esporte. Daí a pergunta provocativa que intitula este breve texto: Cristianismo e UFC combinam?

Primeiramente, gostaria de salientar que essa não será uma discussão pautada pelo gosto pessoal. Sabemos que muitas coisas são proibidas por conta da preferência do líder. Exemplo: Um pastor que não gosta de futebol proíbe os membros de sua igreja de jogarem. Logicamente, isto é um absurdo. No entanto, acontece o inverso em muitos casos. Determinada coisa é considerada lícita porque o pastor gosta daquilo. Assim sendo, sua preferência passa por cima de outros critérios, dentre eles o crivo da Escritura, nossa regra de fé e prática. Segundamente, não estou aqui falando acerca das artes marciais como um todo. A maioria delas tem elementos espirituais que não convém aos cristãos, mas, é possível praticá-las sem o teor místico. Boa parte delas tem uma filosofia não-violenta e compartilham sentimentos nobres com relação ao ser humano.

A dificuldade com o MMA em si, e com o UFC é a espetacularização da violência. Falam que é esporte, que ali há dois atletas que se preparam com muito afinco e disciplina, que estão em pé de igualdade e cônscios do que devem fazer ali no octógono (para os não familiarizados, octógono é o palco das lutas). Da disciplina e da consciência dos lutadores não discordo. Mas, isso não responde a questão da violência. Sobre ela, em Provérbios 13:2 lemos “Do fruto de sua boca o homem desfruta coisas boas, mas o que os infiéis desejam é violência”.

A violência está no cerne do UFC. Os competidores provocam uns aos outros com palavras beligerantes. A tradicional encarada é ato violento e intimidador e as lutas, são banhadas de sangue e muitos saem completamente desfigurados do combate. Existem atletas que até postam fotos nas redes sociais de como ficam após os embates. Este é o ponto chave para mim, pois a violência não combina nem com a filosofia milenar das artes marciais, nem com a ética do Reino estabelecida por Cristo. Assistindo um reality show com lutadores que desejavam assinar um contrato para lutar no UFC, vi diversas vezes os concorrentes dizendo que resolveriam as tensões da convivência na porrada. Não ouve nenhuma agressão física durante o programa, mas ameaças para que isso acontecesse não foram poucas.

O Grupo de Teologia e Educação de Lausanne propôs no Relatório de Willowbank (Bermudas, 1978) que uma forma de julgar a cultura era vendo se ela dignifica ou diminui a vida humana. Acredito ser esse um bom critério, uma vez que o Cristianismo histórico estabelece que o homem, apesar da sua natureza caída, ainda detém a imagem de Deus, pois nela foi criado. Portanto, toda a cultura é ambígua. Segundo o parágrafo 10 do Pacto de Lausanne: “Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca”. Logo,o esporte como sendo um elemento cultural, traz muitos benefícios o ser humano, o que não quer dizer que seja todo o tipo de atividade esportiva. Se por esporte eu entendo que deva socar um semelhante e desfigura-lo e tirar-lhe o sangue, eu estou indo contra ao que diz Gênesis 9:6 “Quem derramar sangue do homem pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado”.

Ah, mas o texto de Gênesis fala sobre o homicídio. Sim, mas o princípio é mais abrangente. De maneira semelhante trabalha o Catecismo Maior de Westminster sobre a respeito do 6º mandamento (pergunta 136):

Quais são os pecados proibidos no sexto mandamento?

Os pecados proibidos no sexto mandamento são: o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras; a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém.
Gn 9:6; Ex 1:14;20:9,10;21:18-36;22:2; Nm 35:16,31,33; Dt 20.1-20; Is 3:15; Pv 10:12;12:18;14:30;15:1;28:17; Mt 5:22;6:31,34;25:42,43; Lc 21:34; At 16:28; Rm 12:19; Gl 5:;15; Ef 4:31; Hb 11.32-34; I Pe 4:3,4; I Jo 3:15; Tg 2:5,16;4:1.

Destaco as palavras “espancamentos” e “ferimentos”, pois são extremamente comuns nas lutas do UFC. Mesmo havendo um árbitro que não permite que a luta ocorra até a morte, os golpes a longo prazo podem acarretar problemas sérios de sáude, principalemnete quando os golpes são deferidos na cabeça, sem nenhum equipamento de proteção. Outro catecismo reformado, o de Heidelberg, afirma que colocar-se em perigo é quebrar o sexto mandamento (resposta a pergunta 105). E diz mais! Na pergunta 107, indaga-se se é suficiente apenas não matar. A resposta do catecismo vai dizer que isso não é suficiente, e para não quebrar o mandamento “devemos evitar seu prejuízo, tanto quanto possível , e fazer bem até aos nossos inimigos”.

Em suas Confissões (VI, 8), Agostinho fala de um amigo – Alípio – que recusava-se a ver a luta entre os gladiadores, mas, em Roma, seus amigos o levaram a um anfiteatro. O antes relutante, quando viu o gladiador no chão e o sangue deste derramado, foi tomado por uma paixão infame e virou mais um na multidão que não só aprovava, como também vibrava com toda aquela carnificina. Segungo Agostinho, aquele homem havia enlouquecido e perdido seu senso crítico. Ora, talvez seja exatamente o mesmo fenômeno que tem absorvido os cristãos de nossa época que vibram com o UFC e promovem suas lutas fazendo com que outros também gostem.

Sei que muitos vão objetar dizendo que existe violência em esportes como o futebol. Mas, temos que observar que o objetivo do futebol não é a violência, diferente do MMA. No futebol, a violência quando ocorre dentro do campo é punida. Todo esporte de contato pode acarretar lesões. A diferença é quando as lesões ocorrem por choques acidentais e não por golpes endereçados ao corpo do oponente como meta para se obter a vitória. Como disse anteriormente, não se trata de preferência e ponto. Tanto a Escritura, quanto os documentos da tradição reformada não dão margem para apreciarmos determinado esporte ou entretenimento. Por isso, todos aqueles que são fãs deveriam mortificar esse gosto pessoal a fim de glorificar a Deus e viverem segundo os seus padrões.

Soli Deo Gloria

Fonte: Perfil do Autor no Facebook.

sexta-feira, julho 31, 2015

E-Mail a Uma Dirigente de Louvor





E-MAIL A UMA DIRIGENTE DE LOUVOR
De: Augustus Nicodemus Lopes
Para: lenita@louvorceleste.br
Enviada em: 13/01/2015
Cc:
Assunto: RES: Perguntas sobre ministração do louvor
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Prezada Lenita,
Recebi seu email contendo várias perguntas sobre a "ministração" do louvor. Desculpe não ter respondido antes, foi falta de tempo mesmo.
Você me diz que é uma levita em sua igreja e que ministra o louvor durante os cultos. Sim, de fato é um privilégio poder participar do culto a Deus servindo na parte da condução dos cânticos. Eu teria um pouco de dificuldade em considerar você como levita (apesar de você ter um nome parecido, hehe), pois para mim os levitas faziam muito mais do que conduzir o louvor no templo: eles matavam e esfolavam animais, limpavam o sangue, a gordura, o excremento e os restos dos animais sacrificados e levavam uma parte para queimar fora. Além disto, arrumavam o templo, cuidavam da mobília e utensílios, etc. Se você quiser ser levita como aqueles de Israel, terá de se tornar a zeladora da igreja, rsrsrs!
Bom, vamos agora às suas perguntas. Coloquei as suas perguntas entre aspas, para facilitar:
1) "Até que ponto posso manifestar minhas emoções ao cantar pra Deus?" - Desde que sejam manifestações autênticas, sem problemas. O que incomoda muito é quando se percebe que o dirigente está fingindo, ou fazendo força para demonstrar o que não está sentindo. A maioria dos membros das igrejas não se emociona fortemente quando cultua. As emoções nem sempre estão presentes. Por isto, eles podem ficar meio desconfiados quando o dirigente do louvor, nem bem começou a primeira música, já está virando os olhos, chorando e embargando a voz. Mas, se as emoções forem legítimas, elas podem ser expressadas sem muita afetação.
2) "Levantar as mãos!! Posso? É errado?" - Não, não é errado, o problema é que às vezes parece uma forçação de barra, algo superficial e ensaiado, que não consegue convencer o povo de que é uma expressão sincera de adoração, Portanto, recomendo sabedoria e cuidado. É preciso deixar claro para o povo que não serão as mãos levantadas que tornarão o louvor mais espiritual ou mais aceitável diante de Deus. Não há qualquer relação direta na Bíblia entre posturas físicas e espiritualidade.
3) "Posso pedir para a igreja levantar as mãos em um dado momento da música, por exemplo?" - Veja a resposta que dei à pergunta anterior. Eu acrescentaria que pode ficar meio constrangedor pedir para a igreja levantar as mãos durante um cântico, pois tem gente que não estará sentindo nada e outros que não se sentem bem fazendo isto. A melhor coisa é deixar que seja espontâneo, que parta do povo mesmo. Gosto da regra, "não estimule; não proíba".
4) "Balançar de um lado pro outro, mesmo numa canção lenta é errado?" - Creio que não, desde que não vire dança ou rebolado sensual, provocando a imaginação dos rapazes, que lutam para se concentrar na letra e na música.
5) "Se me emocionar e chorar?" - Como eu disse, se for autêntico não haveria problemas, mas lhe confesso que é constrangedor ver dirigentes de louvor chorando como se aquilo fosse expressão máxima de espiritualidade ou comunhão com Deus. Quem não chora vai se sentir carnal, frio ou não convertido. Eu evitaria.
6) "Em relação à ministração entre uma música e outra, posso falar sobre a palavra, citar versículo e até explanar de uma forma muito rápida e objetiva?" - Poder, pode, mas se você não tiver uma boa base teológica vai acabar dizendo abobrinha, como eu ouço direto. Não é fácil falar em público e dizer coisas que realmente edifiquem. Sua função é ajudar o povo a adorar a Deus através da música. Estas "ministrações" entre músicas soam às vezes forçados, pois geralmente se tenta fazer uma ponte entre o tema da música e uma passagem da Bíblia, e isso fica forçado e artificial.
7) "Falar aleluia ou glória a Deus, claro que com reverência, sem gritar, por exemplo, é permitido?" - Não vejo problemas. Mais uma vez, todavia, é preciso ter certeza que são manifestações autênticas e não artificiais.
Lenita, o problema todo é esta superficialidade de alguns dirigentes de louvor que ficam se emocionando, chorando, revirando os olhos, gemendo lá na frente durante o louvor, e que uma vez encerrado este período, ficam do lado de fora da igreja batendo papo com os componentes da banda enquanto o culto continua acontecendo. Fica óbvio para todo mundo que era apenas fingimento.
Acho que os dirigentes de louvor seriam uma bênção maior se fizessem apenas isto mesmo, dirigir o louvor, ajudando o povo a entoar os louvores a Deus. Qual o propósito destas demonstrações de êxtase e enlevo fortemente emocionais à frente da Igreja? Ajuda em quê? Não quero generalizar, pois seria injusto, claro - mas às vezes fica a impressão que é apenas uma maneira de auto-promoção. Pense nisto.
No mais, que o Senhor continue a abençoar sua vida preciosa.
Um abraço!
Augustus
[Trata-se de um email fictício, embora baseado em fatos reais]

Fonte: Página do Autor no Facebook.

terça-feira, julho 28, 2015

O Que é Salvação Pela Fé Somente?



O QUE É SALVAÇÃO PELA FÉ SOMENTE?
- Augustus Nicodemus Lopes

Procurei resumir abaixo o que entendo ser o ensino bíblico acerca deste assunto, que é o mais importante e urgente para nossas vidas, e sobre o qual existe tanta confusão até mesmo entre os evangélicos.
1. Todas as pessoas são carentes de salvação, pois todas elas, sem qualquer exceção, são pecadoras. Isto significa que elas, em maior ou menor grau, quebraram a lei de Deus e se tornaram culpadas diante dele. Esta lei está gravada na consciência de todos, disposta nas coisas criadas e reveladas claramente nas Escrituras - a Bíblia. Ninguém consegue viver consistentemente nem com seu próprio conceito de moralidade, quanto mais diante dos padrões de Deus. Como Criador, Deus tem o direito de legislar e determinar o que é certo e errado e de julgar a cada um de acordo com isto.
2. Ninguém é bom o suficiente diante de Deus para obter sua própria salvação ou de fazer boas obras que o qualifiquem para tal. O pecado de tal maneira afetou a natureza do ser humano que sua vontade é inclinada ao mal, seu entendimento é obscurecido quanto às coisas de Deus e sua fé não consegue se firmar em Deus somente. Sem ajuda externa - a qual só pode vir do próprio Deus - pessoa alguma pode obter ou receber a salvação da condenação e do castigo que seus próprios pecados merecem.
3. Deus enviou Seu Filho Jesus Cristo ao mundo para morrer por pecadores, de forma que eles pudessem obter esta salvação a qual, de outra forma, seria inalcançável. Jesus Cristo, por determinação e desígnio de Deus, morreu na cruz como sacrifício completo, perfeito, único, suficiente e eficaz pelos pecados. Ele ressuscitou física e literalmente de entre os mortos ao terceiro dia, vencendo a morte e o inferno, e subiu aos céus. Assim, somente em Jesus Cristo as pessoas podem encontrar a salvação da culpa e condenação de seus pecados. E fora dele, não há qualquer possibilidade de salvação, diante dos pontos 1 e 2 expostos acima.
4. As pessoas tomam conhecimento da pessoa e da obra de Cristo mediante o Evangelho, o qual é pregado ao mundo todo. Sem o conhecimento do Evangelho, é impossível para as pessoas se salvarem. Cristo é a luz do mundo, o caminho, a verdade e a vida, e ninguém pode ir ao Pai senão por ele. Este Evangelho está claramente exposto na Bíblia, e é por ouvir a Palavra que vem a fé em Jesus Cristo. Com respeito àqueles que nunca ouviram falar de Cristo, o Deus justo haverá de tratá-los sem cometer injustiça e em conformidade com a luz que receberam, quer da sua própria consciência, quer da natureza. Todavia, não poderão alegar desconhecer a lei de Deus.
5. Mediante a fé em Jesus Cristo, como seu único e suficiente Salvador, as pessoas, quem quer que sejam, de qualquer país ou cultura, sem distinção alguma de raça, sexo, posição social ou educação, são perdoadas completamente de seus pecados, aceitas por Deus como filhos e recebem o Espírito de Deus como selo e penhor desta salvação, iniciando assim uma nova vida neste mundo. Nesta nova vida, elas demonstram arrependimento pelas obras más cometidas, humildade e constante penitência diante de Deus, aliadas a uma grande alegria e gratidão a Ele por tão grande e completa salvação. A certeza que eles têm aqui nesta vida de terem sido salvos da condenação eterna não decorre de seus méritos ou obras - os quais eles não possuem - mas da graça e do favor de Deus. Por isto falam desta salvação não em termos arrogantes, mas humildemente, como pessoas que foram misericordiosamente salvas do justo castigo que mereciam.
6. A fé salvadora não é uma força emocional mística. Antes, é a confiança que parte de um coração regenerado por Deus em todas as suas promessas, principalmente aquela de vida eterna na pessoa de Jesus Cristo, Seu Filho. Esta confiança envolve uma compreensão básica do que o Evangelho nos diz sobre Cristo e sua morte e ressurreição e um assentimento intelectual a estes fatos. Como nem esta compreensão e nem mesmo a fé têm origem na capacidade humana, afetada como está pelo pecado, segue-se que a salvação, tendo custado um alto preço que foi a morte de Cristo, é dada gratuitamente por Deus. Ela não depende de obras, mérito, esforço ou qualquer outra coisa que tenha origem no ser humano. É puramente pela graça, mediante a fé.

Resposta a Uma Cristã Vítima de Estupro



Recebi o seguinte questionamento a respeito de uma cristã que foi estuprada recentemente. Quando escrevi a resposta, achei que poderia compartilhá-la com outras pessoas que sofrem, sem é claro, mencionar os nomes.
"Uma irmã amiga da minha esposa foi estuprada semana passada, e aí veio a famosa pergunta sobre a soberania de Deus. Por que Deus deixou isso acontecer ou permitiu esse fato trágico para essa cristã?"
Minha resposta: A respeito do assunto mencionado por você, posso dizer que ele se encaixa na velha pergunta feita pelos crentes desde o começo do mundo: se Deus é bom, por que deixa seus filhos sofrerem? Antes de tentar olhar para a resposta, é preciso mais uma vez lembrar que isso de fato acontece, ou seja, Deus permite que seus filhos sofram! Casos como esse, ou de crentes assassinados, ou que sofrem com um câncer, ou que perdem filhos, infelizmente são mais comuns do que gostamos de admitir. É claro que há circunstâncias na vida que, humanamente falando, poderiam ser evitadas. Por exemplo, um crente leva uma vida descontrolada em seu hábitos, então adquire uma doença que lhe traz muito sofrimento. Até mesmo um caso de estupro, às vezes, pode ser evitado quando a mulher não se expõe ao risco, quando não passa por lugares perigosos. Muitas vezes temos visto mulheres andando a noite por lugares que não deveriam andar... Mas todos sabemos que nem sempre isso é possível, e existem circunstâncias que simplesmente nos assolam, sem que possamos fugir, nos defender, ou evitar. Jó não poderia evitar a perda de seus bens, de sua família e de sua saúde. Paulo não poderia evitar as quarenta chibatadas menos uma que ele recebeu cinco vezes dos judeus, pois se tentasse evitar, estaria negando sua fé.
Infelizmente, por causa da doutrina triunfalista das igrejas brasileiras criou-se uma ideia de que Deus jamais deixará seus filhos passarem necessidades se eles forem fiéis, se entregarem direitinho o dízimo, se forem submissos aos seus líderes. Esses pobres crentes nem percebem que já estão sendo explorados, humilhados, destruídos, inabilitados a viver a plena vida cristã, antes mesmo de começar, por causa dos líderes que os enganam. Por outro lado, essa questão do sofrimento enlouqueceu tanto alguns pregadores atuais que eles preferiram dizer que Deus não tem nada a ver com isso, que ele nem mesmo conhece o futuro, por isso ele não sabe o que pode ou não acontecer com cada um, ainda que esteja ao lado de cada um, pronto a consolar e a seguir o caminho da dor… Sem dúvida, essa mensagem parece mais condizente com a realidade, porém nos deixa com um Deus em quem não podemos confiar, pois ele “não está lá em cima” cuidando de tudo. Ele está “aqui embaixo”, no mesmo barco que nós. E quem pode dizer onde esse barco chegará?
Por que Deus permite o sofrimento? Biblicamente é preciso pensar em duas razões. A primeira parte da queda, e a segunda da própria redenção. Quando o pecado entrou no mundo, Deus determinou dores para Eva e suor para Adão. Essa é a ordem natural da criação decaída. Por isso dói. E vai continuar doendo até que esse mundo seja renovado. Porém, alguém poderia dizer: mas Cristo nos redimiu! Por que ainda sofremos? Então, lembre-se que a redenção foi pelo maior ato de sofrimento que esse mundo já viu: a cruz. Paulo entendia que seus sofrimentos pessoais eram um modo de se conformar com o próprio Cristo que sofreu (Fp 3.10). Após ter sido apedrejado em Listra, o Apóstolo Paulo se levantou espantou a poeira, voltou à mesma cidade onde havia sido apedrejado, e apresentou-se aos estupefatos irmãos dizendo que eles deviam "permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22). As marcas das pedradas eram um testemunho e tanto nesse sentido. Fazendo eco a essas palavras, Pedro disse que, em alguns casos, pode ser “necessário" que sejamos contristados por várias provações (1Pe 1.6). E o próprio Pedro nos disse o motivo dessa necessidade: "para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (1Pe 1.7).
Portanto, a irmã que sofreu tal dolorosa e horrível ofensa, além é claro de procurar as autoridades para que, dentro do possível, tomem as providências, precisa acima de tudo buscar refúgio em Deus. Porém, não deve olhar para Deus como um tirano insensível que nada sabe a respeito de sofrimento, nem o imaginar um Deus frágil, que só pode sofrer ao nosso lado. Antes, precisa reconhecer que nos caminhos misteriosos de Deus, esse foi o terrível modo determinado a permitir que a fé seja mais preciosa que ouro. E todos que estão ao lado dela precisam lembrar que Deus é justo juiz, e não deixará sem punição o perverso.
Finalmente, eu termino com algumas palavras de Reinhold Niebuhr: “Nada que é perfeitamente digno pode ser feito nesta vida; então precisamos ser salvos pela esperança. Nada que é verdadeiro ou belo pode fazer completo sentido no imediato contexto da nossa história; então precisamos ser salvos por fé. Nada que nós fazemos, ainda que virtuoso, pode ser feito sozinho; então precisamos ser salvos pelo amor. Nenhum ato virtuoso é tão virtuoso do ponto de vista de nossos amigos ou inimigos, como do nosso próprio ponto de vista. Então, nós precisamos ser salvos por aquela forma final de amor, que é o perdão”.

Fonte: Página do Pr. Leandro Lima no Facebook.

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